Ministério da Cultura retoma projeto do PIB da Cultura

Ministério da Cultura, Brazil,
01 September 2017, Brazil

O projeto Conta Satélite, conhecido como PIB da Cultura, está sendo retomado pelo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele discutiu o assunto com o presidente da instituição, Roberto Olinto, nesta sexta-feira (1º), em reunião realizada no Rio de Janeiro (RJ).


O sistema avalia o peso das atividades criativas no Produto Interno Bruto (PIB) e já existe em 21 países no mundo, sendo sete da América do Sul (Colômbia, Chile, Uruguai, Argentina, Peru, Bolívia e Equador). A criação da conta permitirá identificar melhor o papel e o peso dos diversos segmentos econômicos da cultura, das cadeias produtivas e da produção de conhecimento. A análise também proporcionará indicadores para balizar as políticas públicas para a Cultura.

"Queremos dar uma contribuição para a valorização da área pelo aspecto econômico. Sabemos da sua dimensão simbólica e cidadã, mas também precisamos levar em consideração a econômica, que é fortíssima", defendeu o ministro. 

No encontro de hoje ainda foi definido que um comitê executivo será criado para discutir o assunto. A previsão é que uma nova reunião ocorra no início de outubro deste ano.  


Economia da cultura
Atualmente, o Brasil carece de um sistema unificado e padronizado para aferir a participação da Cultura no PIB nacional. Os dados existentes também não são construídos com a periodicidade necessária para poderem ser comparados e nem há consenso no setor sobre quais setores e subsetores deveriam ser acompanhados. 

Os dados mais atuais sobre o segmento são de uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) que teve como base o ano de 2015. De acordo com o levantamento, as atividades criativas no Brasil representam 2,64% do PIB. Embora expressivo, esse número ainda não aparece no radar das análises dos indicadores da economia. 

Em relação ao estado do Rio de Janeiro, a pesquisa mostra que a participação do segmento na produção de riqueza é de 4,1% do Produto Interno Bruto estadual.  O setor é responsável por gerar 851 mil empregos formais diretos, com média salarial de R$ 6.270. A média fica acima da nacional das demais atividades, que é de R$ 2.451.

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