O Ministério da Cultura (MinC) realizou, nessa segunda-feira (11), reunião com representantes dos Observatórios de Economia Criativa mantidos em parceria com universidades federais. Foram discutidas estratégias para que o conhecimento produzido por esses observatórios sejam utilizados como insumo para a elaboração de políticas públicas para a área da cultura.
Criados há cerca de um ano e meio, os Observatórios de Economia Criativa têm o objetivo de produzir e difundir pesquisas, dados e informações sobre a economia da cultura brasileira, bem como estimular o debate entre estudiosos, especialistas, agentes governamentais e representantes do setor cultural acerca do impacto dessa economia na sociedade.
As instituições de ensino que contam com Observatórios de Economia Criativa em convênio com o MinC são a Ufam (Universidade Federal do Amazonas), a UFBA (Universidade Federal da Bahia), a UFF (Universidade Federal Fluminense), a UnB (Universidade de Brasília), a UFG (Universidade Federal de Goiás) e a UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Juntas, essas universidades desenvolvem mais de 20 linhas de pesquisas dentro da área da economia criativa. Algumas já estão com as atividades mais avançadas, como os estudos da relação dos conhecimentos tradicionais indigenistas com a moda e com o artesanato (Ufam), o mapeamento da cadeia produtiva da música e do mercado editorial independente (UFBA) e o mapeamento de festivais audiovisuais e a relação do patrimônio imaterial com a medicina tradicional e cultura alimentar (UFF).
Outras linhas de pesquisa que estão adiantadas são o desenvolvimento de games e de redes de formação em cultura digital e conhecimentos tradicionais como o artesanato (UFG), os fluxos internacionais da economia criativa como estratégia para desenvolvimento e modelos para internacionalização (UFRGS) e debates em torno da cultura digital, juventude e cidade (UnB).
Até o meio do ano, o MinC, em parceria com os observatórios, lançará uma plataforma digital, o Recria, que conectará os observatórios e disponibilizará sua produção. O sistema também permitirá a integração com duas plataformas do ministério: o portal culturadigital.br e o SNIIC (Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais).
A Fundação Casa de Rui Barbosa, entidade vinculada ao MinC, também terá uma parceria com esses observatórios para definição de linhas de pesquisas, além da participação na organização de debates, seminários e intercâmbios.